sexta-feira, 20 de julho de 2012

EXCESSO NA INTERNET PODE SER PUNIDO COM JUSTA CAUSA



Decisão do TST mostra que exposição do local de trabalho precisa ser ponderada pelos usuários da web.
Hoje 09:33
Com um número cada vez maior de usuários, as redes sociais passam a ser monitoradas pelo mundo corporativo. Têm aumentado os casos de profissionais que, por comentários ou manifestações descuidadas no ambiente online, acabam sendo advertidos ou até mesmo demitidos. Recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou a demissão por justa causa de uma enfermeira que tirou fotos dentro de uma UTI e as postou no Orkut. Às empresas, cabe estabelecer limites para o que pode ser dito nesses espaços, enquanto, para os empregados, o importante é cautela na hora de se manifestar.
Em novembro de 2008, a enfermeira Kláudia Pottes foi demitida por justa causa do hospital Prontolinda, localizado em Olinda, em Pernambuco. A justificativa teria sido a postagem de fotos que foram tiradas dentro da UTI, expondo a logomarca do hospital e transmitindo a ideia de que os funcionários não estavam trabalhando. O caso foi parar na Justiça e inicialmente teve sentença favorável a Kláudia. No entanto, após a instituição entrar com recurso, o TST considerou a postura do empregador correta, por considerar que o hospital não era ambiente para brincadeiras.
Segundo a chefe do setor trabalhista do escritório Augusto Prolik, Lisiane Mehl Rocha, a atitude da empresa foi correta, ainda que tenha recebido a ação trabalhista. “Muitas vezes as pessoas não adotam critérios e postam qualquer coisa, o que pode comprometer a relação com o empregador”. Ela concorda também com a decisão do tribunal. “O TST considerou a falta cometida pela empregada como muito grave. Ela deveria estar trabalhando e não confraternizando e/ou tirando fotografias na UTI”, salienta.
Para Miriam Cipriani Gomes, professora de Direito Trabalhista na Unicuritiba, o teor e o tipo do conteúdo que é compartilhado na rede são decisivos para avaliar se o funcionário cometeu ou não uma falta. “O empregado deve observar que há regras de conduta morais e éticas que, mesmo não sendo claramente expressas, devem reger a relação entre as partes”, diz.
Ela destaca que fatores como o tempo gasto acessando esse tipo de site também tem influência. “Se o indivíduo passa muito tempo acessando, está deixando de trabalhar e, portanto, violando o contrato de trabalho.”
Uma alternativa para as empresas é a restrição total ao acesso durante o expediente. Isso, contudo, não evita impactos negativos ocorridos fora do âmbito do trabalho. Além disso, não há como bloquear o acesso por dispositivos móveis, como o celular e o tablet. A estratégia mais comum tem sido a implementação de códigos de conduta, que estabelecem diretrizes e definem a postura que os profissionais devem ter na web.
Lisiane também lembra que a empresa pode incluir uma cláusula de confidencialidade no contrato de trabalho, para o controle de dados estratégicos. “A lei permite isso e assim estabelece-se que, se o empregado divulgar informações sobre a empresa, poderá sofrer sanções”, completa.
Código de conduta estabelece as fronteiras corporativas
Para evitar problemas na utilização de redes sociais, algumas empresas têm elaborado códigos de conduta, que orientam os funcionários sobre o comportamento mais adequado em suas relações pessoais na internet. O Grupo Boticário, por exemplo, criou uma cartilha própria, destinada aos trabalhadores e franqueados. Segundo Malu Nunes, gerente de Responsabilidade Social Corporativa e Sus­tentabilidade do grupo, a conscientização gera resultados mais eficientes. “Com o código, os colaboradores são informados sobre sua responsabilidade de gerenciar as informações institucionais adequadamente, evitando que dados e fatos de circulação interna se propaguem no ambiente externo”, comenta.
Para os franqueados, o código é distinto, mas também impõe restrições. “O objetivo é evitar qualquer uso vinculado à marca e garantir a segurança de informações estratégicas, protegendo a própria rede de franqueados”, afirma Malu.
De acordo com Miriam Cipriani Gomes, a lei permite essa prática. “É um direito do empregador, desde que não interfira na esfera privada, e não precisa necessariamente da deliberação dos funcionários”, explica.
Fonte: Gazeta do Povo

VAMOS GENERALIZAR A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS, DIZ MANTEGA



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, em São Paulo, que a desoneração tributária da folha de pagamentos ainda contemplará outros setores da economia.
06/07/2012 07:29
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, em São Paulo, que a desoneração tributária da folha de pagamentos ainda contemplará outros setores da economia. 'A desoneração da folha de pagamentos é importante em momento de crise. Um dos custos que mais está caindo no mundo é o da mão de obra, até o da Alemanha. Temos que reduzir o custo de mão de obra'.

Mantega destacou, no entanto, que isso não pode se refletir na remuneração do trabalhador. 'O salário é importante, é demanda. Começamos reduzindo o INSS. São 15 setores, o que começará a ocorrer em agosto, então ainda não fez efeito. Isso reduz consideravelmente o custo dessas empresas. Vamos generalizar essa desoneração da folha'.

Em abril, o governo federal ampliou a lista - de 4 para 15 - de setores beneficiados pela desoneração previdenciária. No total, eles terão eliminada a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento em troca de alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento bruto.

Foram beneficiados os setores têxtil, de confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital (máquinas e equipamentos), mecânica, hotéis, tecnologia da informação, call center e 'design house'.

Retomar investimentos

A uma plateia de empresários presentes ao Seminário Econômico Fiesp - Lide, em São Paulo, Mantega afirmou ser importante que a confiança dos empresários seja restabelecida para que a economia brasileira volte a crescer no ritmo desejado. Isso seria somado aos esforços do governo em acelerar os investimentos.

'Gostaríamos de manter o cenário de 2010, com investimento crescendo. Ideal seria de crescimento entre 12% e 13% ao ano [investimento] e com PIB em torno de 4% anual, com expansão da indústria de 11%', disse. O ministro ressaltou que investimentos na área de petróleo e gás dependem do governo e da Petrobras.

'Investimento estimula cadeia produtiva. Essa demanda é garantida, vai ocorrer', disse. Ele afirmou que os aportes em petróleo e gás, de R$ 354 bilhões entre 2012 e 2015, vão se realizar. Também citou a Vale, dizendo que a companhia 'tem bala na agulha' para investir R$ 40 bilhões.

O Brasil tem condições diferenciadas e está se tornando mais competitivo, segundo Mantega. 'Os juros estão mais baixos, há condições para investimentos, mas precisamos recuperar confiança de que Brasil tem condições diferenciadas e que, com mudanças, estamos configurando outro país, mais competitivo, estimulando a produção e com capacidade de competir com demais países. E temos uma vantagem, que é o mercado consumidor. O nosso continua muito eficiente tem dinamismo que não se encontra em outras', afirmou.

O ministro ainda citou que a massa salarial está crescendo 5% ao ano e que o mercado doméstico é uma vantagem competitiva do Brasil em momentos de crise.

'Temos capacidade de consumo cada vez maior. Uma parte do consumo foi afetada pela retração do crédiyoo e aumento do spread', afirmou, reiterando, contudo, que essas condições estão sendo revertidas.
Fonte: Olhar Direto

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Comissão do Senado aprova projeto que reduz a tributação do prejuízo


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou em decisão terminativa o Projeto de Lei 410/2009, que eleva de 30% para 50% o limite para compensação de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL nos exercícios de 2012 a 2014.

A avaliação sobre os efeitos da proposta foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), autor do projeto. Aprovado na terça-feira, 10, o texto reduz a tributação do prejuízo, considerada uma das maiores distorções do sistema tributário brasileiro.

A regra atual estabelece o que, no jargão técnico, é chamado de “trava dos 30%”, pela qual a pessoa jurídica pode utilizar o estoque de prejuízos acumulados para abater não mais que 30% do lucro apurado no exercício corrente.

Os 70% restantes são obrigatoriamente tributados, qualquer que tenham sido os resultados de exercícios anteriores.

O relator da proposta, senador Armando Monteiro (PTB-PE), afirmou que a medida tem caráter anticíclico e pode ajudar as empresas brasileiras a enfrentar a crise que ameaça a economia global.

O líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), disse concordar com a proposta, mas observou que ela representará para a União uma renúncia fiscal de R$ 1,5 bilhão por ano.

Fonte: TI Inside – TI Gestão Fiscal

POR QUE OS PROJETOS DE ERP AINDA ATRASAM?


Pesquisa global com duas mil empresas revelou que 61% das implementações foram concluídas fora do prazo. A Oracle é a que ultrapassa mais os cronogramas.
Ainda é comum ver implementações de sistemas de gestão empresarial (ERP) tradicionais, envolvendo empresas como Oracle, SAP e Microsoft, levarem mais tempo do que o previsto pelos clientes. Mais da metade dos projetos atrasam, revela pesquisa divulgada esta semana pela consultoria norte-americana Panorama. 

Especializada na implementação de ERP, a Panorama entrevistou duas mil empresas de portes variados em 61 países. Foram analisados projetos desenvolvidos de fevereiro de 2006 até maio deste ano.
Desse total, 40% são empresas dos Estados Unidos, informou o presidente da Panorama, Eric Kimberling, durante apresentação dos resultados do relatório ontem (12/07). 

Entre as entrevistadas, 61% revelaram que seus projetos de ERP ultrapassaram os cronogramas iniciais. Apenas 28% disseram que as implementações foram realizadas dentro do prazo previsto e 11% afirmaram que concluíram o projeto antes da data prevista.

Motivo dos atrasos
As empresas disseram que a razão do atraso não tem a ver com a tecnologia em si dos ERPs escolhidos. Apenas 4% reportaram questões de funcionalidade dos produtos. Porém, 14% informaram que ultrapassaram os cronogramas por causa de dificuldades técnicas nas implementações.

A mudança de escopo do projeto inicial foi o principal motivo da lentidão abordada por 29% dos entrevistados. Problemas organizacionais vieram em segundo lugar, mencionados por 20% dos participantes do estudo. 

A dificuldade para cadastramento de dados corporativos no ERP e limitação de recursos humanos aparecem em terceiro lugar entre as razões dos atrasos, apontada por 17% das empresas.

O grande apelo dos projetos de ERP é a promessa de retorno de investimento do software, que integra processos de negócios e melhora a gestão da companhia. Entretanto, a pesquisa constatou que um terço dos entrevistados ainda não atingiu esse patamar, enquanto que 30% disseram que levaram pelo menos três anos para começar a ver os ganhos com a tecnologia.

Duração das implementações
Pela pesquisa da Panorama, é o ERP Dynamics da Microsoft, que tem implementações mais rápidas no mercado mundial, levando em média 13 meses para conclusão dos projetos. Já o pacote da SAP gasta em média 17 meses para ser finalizado e da Oracle aproximadamente 18 meses.

Esses resultados devem ser avaliados com cautela. Kimberling observa que o Dynamics da Microsoft é mais usado em pequenas e médias companhias, que possuem ambientes menos complexos que as implementações SAP e Oracle.

Ao comparar os prazos de conclusão das implementações, o levantamento apurou que projetos do ERP SAP e Dynamics atrasaram cerca de dois meses, enquanto que os da Oracle foram entregues quatro meses depois da data prevista.

Benefícios da tecnologia
Questionados sobre os benefícios da tecnologia de ERP, 60% citaram a disponibilidade das informações como uma vantagem para a competição. Apesar de substituir processos manuais, apenas 7% disseram que reduziram custos com recursos humanos

Kimberling diz que chama a atenção o fato de os entrevistados não terem mencionado na pesquisa os benefícios apontados pela indústria na hora de vender a tecnologia de ERP. Segundo ele, as empresas não destacaram redução de custos nem melhoria do relacionamento com seus clientes após a adoção dos sistemas de gestão.
Fonte: Computer World

INSS APROVA METAS PARA MELHORAR ATENDIMENTO



O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou um conjunto de ações para tentar melhorar o atendimento aos contribuintes. Elas estão reunidas na Resolução nº 224, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. A meta é que as ações sejam alcançadas até o dia 30 de setembro.
O INSS é o órgão que mais leva empresas e contribuintes a lotar a Justiça Federal e juizados de pequenas causas de ações judiciais.
O instituto promete reestruturar a grade das agendas das unidades de atendimento. Para isso, irá disponibilizar de modo permanente a oferta de vagas para serviços passíveis de agendamento e distribuir a grade atual de atendimentos inclusive para turnos adicionais.
De acordo com a resolução, o INSS também irá reorganizar temporariamente a distribuição de servidores visando equilibrar o tempo médio de espera a no máximo 25 dias. A norma prevê ainda tratamento especial para processos parados por mais de 45 dias.
A produção semanal mínima de cada servidor também será avaliada. Ela deverá corresponder a 120 pontos, mensurados a partir da Tabela de Produtividade, disposta em anexo da resolução.
Quanto à perícia médica, para tentar equilibrar o tempo médio de espera nas várias gerências do INSS, peritos médicos e servidores deverão ser reorganizados. O tempo médio de espera deverá ser de, no máximo, 30 dias.
Deverão ser priorizadas as perícias médicas que constarem na agenda Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (SABI).
A Presidência do INSS avaliará, semanalmente, a evolução das Superintendências-Regionais do órgão.
Fonte: Valor Econômico

COMISSÃO ANALISA ALTERNATIVAS PARA SIMPLIFICAR CONTABILIDADE DAS PMEs



A simplificação da contabilidade das micro e pequenas empresas faz parte da agenda do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que criou uma comissão com esse objetivo, da qual faze parte, também representantes da Fenacon, de empresas de serviços contábeis, acadêmicos, segmento de auditoria e presidente dos CRCs.
Coordenada por Verônica Sou Maior, vice-presidente técnica do CFC, a comissão que analisa alternativas de ajustamento da adoção da Norma de Contabilidade para PME (NBC TG 1000) discutiu e aprovou a minuta da norma, que será submetida à audiência pública.
O objetivo é flexibilizar a NBC TG 1000 a partir da proposição de um modelo contábil simplificado para essa faixa de empresas. Entre as propostas apresentadas para a simplificação está facultada a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa, mantendo-se a apresentação anual do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.
A norma também exige a apresentação de um conjunto mínimo de notas explicativas e sugere um modelo de plano de contas simplificado e de demonstrações contábeis.
Tendo em vista a fragilidade do sistema de controle interno das micro e empresas de pequeno porte e das dificuldades de um fluxo regular de informações e documentação para os devidos registros contábeis, a minuta da norma institui uma carta de responsabilidade que deve ser apresentada pelos gestores desse conjunto de empresas aos profissionais de contabilidade.
Por fim, a permissão para adoção dessa norma simplificada, a partir da não obrigatoriedade da adoção da NBC TG 1000, abrange as empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, critério respaldado na definição de micro e pequena empresa pelo Estatuto Geral (Lei Complementar n.º 123/2006 e alterações posteriores).
Fonte: TI Inside – TI Gestão Fiscal

TRIBUTÁRIO: FISCO PRORROGA PRAZO PARA ESCRITURAÇÃO DIGITAL



A Receita Federal prorrogou o prazo para que as empresas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado façam a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS, da Cofins e da contribuição previdenciária para 1º de janeiro. A partir desta data, a escrituração digital passa a ser obrigatória para essas empresas.
A EFD é um conjunto de escrituração de documentos fiscais e outras informações de interesse da Receita, em arquivo digital.
A suspensão do prazo, que venceria este mês, foi instituída pela Instrução Normativa nº 1.280, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira.
Deverão ser registrados digitalmente os tributos recolhidos relativamente às operações realizadas a partir de 1º de julho deste ano.
Algumas empresas estão dispensadas de apresentação da EFD: as micro e empresas de pequeno porte tributadas pelo Simples Nacional; as empresas cuja soma dos valores mensais das contribuições objeto da EFD seja igual ou inferior a R$ 10 mil; as inativas desde o início do ano-calendário ou da data relativa às operações que deverão ser escrituradas digitalmente; órgãos públicos, autarquias e fundações públicas; e as empresas não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), até o mês anterior àquele em que for efetivada a inscrição.
Fonte: Valor Econômico
http://www.valor.com.br/brasil/2752742/dia-dia-tributario-fisco-prorroga-prazo-para-escrituracao-digital

quinta-feira, 12 de julho de 2012

INFLAÇÃO OFICIAL FICA EM 0,08% EM JUNHO, MENOR TAXA DESDE AGOSTO DE 2010


Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, diminuiu para 0,08% em junho. O resultado ficou bem abaixo do observado um mês antes, quando a taxa ficou em 0,36%. Em junho de 2011, o IPCA ficou em 0,15%.
O resultado de junho deste ano, divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o menor desde agosto de 2010 (0,04%). Com isso, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 2,32%, inferior aos 3,87% relativos ao primeiro semestre de 2011.
Considerando os últimos 12 meses encerrados em junho, o índice acumulou elevação de 4,92%, o mais baixo resultado desde setembro de 2010 (4,7%) e inferior ao relativo aos 12 meses imediatamente anteriores (4,99%).   
Fonte: Agência Brasil

GOVERNO CONTINUARÁ A FAZER AJUSTES NO SISTEMA TRIBUTÁRIO, DIZ MANTEGA


O governo continuará a fazer ajustes no sistema tributário para dar mais competitividade à indústria, disse na noite de ontem (5/7) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Vamos prosseguir nessa direção com firmeza. Queremos racionalizar o sistema tributário, incentivando a produção e sem abrir mão de um Estado eficiente que garanta justiça social, cobrada pela maioria das brasileiras e brasileiros", ressaltou ao participar de evento promovida pela Agência Estado.

Mantega reafirmou que o governo também continuará com a sua política de desoneração da folha de pagamentos. "A desoneração da folha de pagamentos de 15 setores da indústria é uma medida que ajuda no curto prazo, mas muda em definitivo, para melhor, o custo da mão de obra para as empresas. Vamos continuar nesse caminho e ampliar para outros setores essa iniciativa", declarou.

O ministro Fazenda falou ainda da importância dos bancos públicos no financiamento das empresas no país, destacando o trabalho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social nesse processo.

"O BNDES continua decisivo para elevar os investimentos das empresas. Se o setor privado tivesse mais ousadia e resolvesse ampliar o crédito de longo prazo, o BNDES poderia efetuar menos desembolsos do que hoje", disse. "O mesmo raciocínio vale para o crédito tradicional. A agressividade dos bancos públicos na concessão de financiamentos decorre da falta de apetite das instituições privadas para liberar mais crédito e baixar os juros", completou.

Fonte: Sescon

Governo prepara corte de tributos sobre contas de energia de grandes empresas



A presidente Dilma Rousseff deve anunciar no mês que vem a desoneração da conta de energia para grandes empresas. A alíquota do PIS/Cofins, que incide sobre a conta de energia elétrica, será praticamente zerada. O governo também pretende extinguir alguns encargos embutidos no preço, como a Reserva Global de Reversão (RGR), a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), entre outros.
Os detalhes da medida estão sendo fechados pelo Ministério da Fazenda, mas a desoneração só vai entrar em vigor a partir de janeiro de 2013. O objetivo é reduzir o preço final da conta de energia aos grandes consumidores em pelo menos 10% - só o PIS/Cofins representa 8,5% do preço final de energia elétrica. Com a desoneração, o governo espera criar as condições para que, em seguida, os Estados "façam a sua parte", isto é, reduzam as alíquotas do ICMS cobrado sobre o insumo.
A presidente deve anunciar a redução do preço da energia até o dia 7 de agosto, quando recebe no Palácio do Planalto, pela terceira vez no ano, um grupo de 30 empresários de grandes companhias. Conhecido como G-30, esse grupo alertou a presidente, nas duas reuniões realizadas em 2012 (em 22 de março e 3 de maio), que a medida poderia ter efeito imediato sobre a atividade econômica, e, consequentemente, sobre as perspectivas de novos investimentos.
O governo está preocupado com setores como alumínio, siderurgia, papel e celulose e petroquímico, que são eletrointensivos (consomem muita energia no processo produtivo). Carlos Jorge Loureiro, presidente da DCL Aços Laminados, afirmou que a desoneração de impostos e encargos, se adotada, pode salvar as siderúrgicas e, com isso, o setor de distribuição de aço. "É difícil achar que dá para ganhar dinheiro com distribuição de aço se o seu fornecedor, a siderúrgica, está mal", disse o empresário ao Valor.
Também presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Loureiro disse que o consumo aparente (a soma do que é produzido no Brasil com o que é importado) de aço aumentou apenas 1,6% entre 2007 e 2011, e o resultado só não foi negativo por conta das importações - a produção nacional no período despencou 7%.
"O mercado está ruim, o momento é muito difícil. As siderúrgicas brasileiras estão trabalhando com margens muito baixas e cada vez menores, para continuar competindo de alguma forma. Uma desoneração dos custos com energia seria um refresco muito importante para toda a cadeia", afirmou o empresário.
Ao empurrar o início da desoneração para 2013, o governo evita abrir mão de recursos fiscais importantes para o cumprimento da meta de superávit primário deste ano (R$ 139,8 bilhões). Ao mesmo tempo, segundo informou um assessor, a Fazenda prepara um projeto de lei para alterar o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina ao governo elevar tributos para contrabalançar as renúncias fiscais, no caso com cortes no PIS/Cofins. Caso aprovado, o projeto vai retirar a obrigação de compensação de receitas já para o próximo exercício.
A redução no preço da energia tem urgência na agenda de prioridades de Dilma, que conta também com a busca por uma solução para os contratos das usinas do setor elétrico, cuja concessão termina em três anos. O governo também prepara as concessões de portos, rodovias e a ampliação das concessões de aeroportos, para exploração do setor privado.
Com essas iniciativas, a presidente espera montar uma "agenda paralela", como denominou um assessor presidencial, para o segundo semestre. A ideia é se contrapor à acirrada agenda política que começa em agosto, quando se concentram o julgamento do caso do "mensalão" no Supremo Tribunal Federal (STF), a retomada da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira no Congresso e o início das campanhas municipais.
Fonte: Valor Econômico
http://www.valor.com.br/brasil/2745386/governo-prepara-corte-de-tributos-sobre-contas-de-energia-de-grandes-empresas

quarta-feira, 11 de julho de 2012

RECEITA PAGA NESTA SEXTA MAIOR LOTE DE RESTITUIÇÃO DO IR DA HISTÓRIA, DE R$ 2,5 BILHÕES



A Receita Federal credita nesta sexta-feira, 15, o maior lote de restituições do Imposto de Renda da história. As devoluções são referentes ao 1º lote de 2012 (ano-calendário 2011), além de residuais de 2008, 2009, 2010 e 2011. Segundo o Fisco, aproximadamente 1,9 milhão de contribuintes serão beneficiados, totalizando R$ 2,5 bilhões. Serão sete lotes neste ano, um por mês, até dezembro (veja o calendário completo abaixo).

Para saber se teve a declaração liberada, é necessário acessar a página da Receita ou ligar para o Receitafone 146 e informar o número do CPF.

Também é possível consultar os dados sobre a restituição por meio de smartphones e tablets. O aplicativo, lançado semana passada pelo Fisco, é destinado a aparelhos com sistema operacional Android e iOS (Apple).

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio do Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF.

Caso o valor não seja creditado, o declarante deverá ir até uma agência do Banco do Brasil ou ligar para 4004-0001 e agendar o crédito em qualquer banco.

Apenas para o exercício de 2012, serão creditadas hoje restituições para 1,8 milhão de pessoas, totalizando R$ 2,4 bilhões. O valor já virá acrescido da taxa básica de juros, a Selic, de 1,74% (referente ao período entre maio e junho deste ano). Segundo a Receita, 1,5 milhão de idosos foram contemplados neste primeiro lote, somando R$ 1,8 bilhão.

Para os lotes residuais de 2008, 2009, 2010 e 2011 serão devolvidos R$ 98,9 milhões, corrigidos em 43,17%, 31,10%, 22,64% e 12,49%, respectivamente.

Retificação

Quem enviou a declaração pode checar se há erros que levam o documento à malha fina. A Receita disponibiliza o extrato da declaração no portal e-CAC (saiba como acessar).

Se identificar problemas, o contribuinte poderá solucioná-los mediante a apresentação de uma declaração retificadora. Os erros serão apontados pelo aplicativo. Quanto mais cedo for efetuada a correção, mais rapidamente será liberada a restituição.

Por meio do extrato, também é possível conferir se as quotas do imposto estão sendo quitadas corretamente, além de alterar ou cancelar o débito automático das parcelas. O programa também aponta débitos em atraso e permite o parcelamento.

Restituições do IR 2012

1º lote: 15 de junho

2º lote: 16 de julho

3º lote: 15 de agosto

4º lote: 17 de setembro

5º lote: 15 de outubro

6º lote: 16 de novembro

7º lote: 17 de dezembro


Fonte Estadão

Empresas e Profissionais da Contabilidade em Check diante das Novas Tecnologias.


A cada dia que passa novas tecnologias se apresentam a fim de solucionar as necessidades das empresas e profissionais da contabilidade, a mais recente onda a ser discutida é a chamada "CLOUD COMPUTING" computação em nuvens, exigindo reflexão, reciclagem, aprendizado e coragem de mudar.
Com a implantação pelo governo brasileiro do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital causou uma verdadeira revolução no que diz respeito à gestão empresarial no Brasil. Ao contrário do que empresários e profissionais reclamam, os impactos do novo sistema não está na carga ou arrecadação tributária, o problema é ainda maior do que se imagina, pois o impacto do sistema se dá exatamente na gestão empresarial, nos processos internos da empresa.
O nosso sistema tributário continua o mesmo, não há mudanças na sua estrutura ou até mesmo nas alíquotas, ou criação de novos impostos, o que observamos é um verdadeiro e rigoroso controle das operações econômicas e financeiras como nunca antes se imaginou a necessidade de controle, de mapear e implantar gestão de excelência, a fim de dotar a empresa de segurança e confiabilidade das informações prestadas ao fisco brasileiro.
Nesse novo cenário faz-se necessário rever os conceitos, quebrar os paradigmas, adquirir novos conhecimentos, buscar novas soluções, é uma mudança que ocorre a cada 30 ou quarenta anos no Brasil, e considero que ainda que estamos no meio do processo, temos em andamento os projetos, EFD Social – Folha de Pagamento Digital, cujo detalhamento das informações nos mostra bastante complexo, não menos complexo o EFD P/3, controlando todo o processo produtivo de uma industria, obrigando a informar cada etapa da sua produção e dos valores agregados a ela, e para completar tudo isso o BRASIL_ID, controlando todo o transito de mercadorias através de chips, denominado de RFID, monitoramento por radio freqüência.
Outro setor duramente atingido por esse processo é o das Empresas de Serviços Contábeis ou os chamados Escritórios de Contabilidade, que ao encontrar a resistência por parte de seus clientes quanto a necessidade de implementar mudanças, recuam no processo de modernização e mudanças dos seus paradigmas, e no final da história ambos poderão sucumbir diante de uma situação e de um sistema que se torna irreversível a cada dia, não adianta resistir porque o mercado é cruel a lei de mercado trará soluções para suprir esse vácuo que temos hoje de profissionais e tecnologia adequada.
A discussão mais recente que se apresenta nesse momento é quanto a utilização da chamada CLOUD COMPUTING, computação em nuvens, pelo que nos parece é outro processo irreversível, a engenha de todo esse processo digital implementado pelo governo traz a necessidade de banco de dados unificado, e essa nova tecnologia proporciona essa possibilidade reduzindo custos das empresas no que diz respeito a softwares e hardwares. Muita discussão ainda se trava sobre ela quanto a segurança, o que vem se mostrando bastante confiável.
SPED exige, pensar, analisar, conhecer, e, sobretudo ter coragem de mudar.
Fonte: Portal Administradores

Comissão eleva limite de compensação de prejuízo - (IRPJ E CSLL)


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem, em caráter terminativo, o projeto de lei que eleva de 30% para 50% o limite para a compensação dos prejuízos fiscais de exercícios anteriores com o lucro apurado no exercício corrente para efeito do Imposto de Renda. A elevação também vale para a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O projeto, de autoria do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), segue agora para votação na Câmara. O novo limite de 50% só poderá ser utilizado nos exercícios de 2012, 2013 e 2014, de acordo com o projeto.
A Lei 9.065, de 1995, autorizou a empresa a utilizar o estoque de prejuízos acumulados para abater não mais do que 30% do lucro apurado no exercício corrente. Esse mecanismo é conhecido como "trava dos 30%". Os 70% do lucro restante são submetidos ao Imposto de Renda. Com o projeto aprovado pelo Senado, as empresas poderão utilizar o estoque de prejuízos para abater até 50% do lucro apurado. O novo limite de 50% para a compensação dos prejuízos também vale para a base de cálculo da CSLL, quando negativa.
Na justificativa de seu projeto, o senador Dornelles argumentou que "o maior aproveitamento do estoque de prejuízo fiscal reduzirá ainda mais o lucro real e a base de cálculo da CSLL a serem apurados naqueles anos, diminuindo o montante do tributo a ser pago e, consequentemente, a necessidade de capital de giro".
Inicialmente, o projeto de Dornelles pretendia amenizar os efeitos da crise econômica de 2008 sobre as empresas. Por isso, ele previa que a elevação da "trava" de 30% para 50% seria utilizada nos exercícios de 2010, 2011 e 2012.
O período foi alterado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator do projeto na CAE. Com o apoio do líder do governo no Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), o substitutivo apresentado por Monteiro diz que a elevação terá validade nos exercícios de 2012, 2013 e 2014.
Segundo Monteiro, embora o Brasil tenha suportado de forma satisfatória a crise de 2008, não deixa de ser atual a preocupação do projeto de Dornelles "dada a persistência de focos de turbulência, especialmente na chamada zona do euro, que ainda ameaçam a estabilidade econômica dos países emergentes". Em seu parecer, Monteiro diz que "qualquer movimento no sentido da desoneração é bem vindo, ainda que sob a forma de aceleração na compensação de prejuízos".
Fonte: Valor Econômico